A revista Veja dessa semana trás uma matéria sobre a desgraça moderna que é o Crack leia e conheça como a pessoa se vicia nessa droga apelidada de Beijo da Morte, beijou se apaixonou.
O crack é a cocaína em forma de pedra, feita para fumar em cachimbos. Os traficantes misturam a droga com outras substâncias, como o bicarbonato de sódio. "Para aumentarem o volume, adicionam também cal e anestésicos como a lidocaína", informa o delegado Luiz Carlos Magno, do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) de São Paulo. A mistura é fervida e depois filtrada, transformando-se em pequenas pedras brancas do tamanho de uma pipoca. Quando queimada num cachimbo, a pedra emite pequenos estalos – daí o nome "crack". Ao ser fumada, a droga atinge os pulmões e entra na corrente sanguínea instantaneamente, chegando ao cérebro em poucos segundos – ao contrário da cocaína em pó, que leva cerca de dez minutos para fazer o trajeto. O efeito também é muito mais forte. O crack bloqueia a absorção natural da dopamina, o neurotransmissor que dispara no cérebro a sensação de prazer. Com excesso da substância entre os neurônios, surge uma sensação imensa de euforia e onipotência. Quando o efeito passa, vem a depressão – e, com o uso freqüente, as reações paranóicas. Como a dopamina é o principal regulador do sistema de prazer e recompensa, o crack vicia rapidamente.
O consumo do crack entre a população mais abastada ainda não transparece nas pesquisas dos órgãos de saúde porque, na tabulação dos dados, ele está quase sempre na mesma classificação da cocaína, da qual é uma versão inferior e mais tóxica. Mas, na avaliação dos médicos que cuidam dos viciados em drogas nos hospitais e clínicas de recuperação, tanto públicas quanto particulares, não há dúvida de que o crack subiu degraus na escala social.
Para quem tem dinheiro no bolso, o crack é ainda mais perigoso. São comuns os casos de viciados que pagam a droga com bens roubados da família ou forçam os pais a pagar suas dívidas com os traficantes alegando que correm risco de vida. Muitas vezes, quando as fontes que financiam a droga secam, o viciado recorre a outras práticas ilícitas. "Eu, que sempre estudei em colégios particulares, de repente me vi assaltando com uma faca na mão para comprar pedras", diz o estudante de marketing L., 21 anos, de Fortaleza, livre do vício há um ano e dois meses. "O mais impressionante é que, ao assaltar, não pensava estar fazendo algo errado. Lutar para conseguir pedras parecia tão natural e correto como procurar comida para saciar a fome", ele completa.
Os jovens que conseguem sair do vício são os que percebem que estão muito doentes e têm de se tratar. "O viciado já dá um passo à frente quando sabe que precisa de ajuda", diz a médica Cláudia de Oliveira Soares, que lida com dependentes químicos há catorze anos. A força de vontade e o apoio familiar são essenciais quando o dependente volta para casa. Diz o dentista C., de São Paulo, livre da droga há três anos: "Durante oito ou nove meses, não passei um minuto sozinho. Percebi que precisava dos outros e ainda preciso. Um dia você decide se livrar do crack, mas permanece dependente a vida toda. O pesadelo do crack não tem fim". Nessa mesma edição de veja você vai ver que, sem condições de atuar, o ator Fábio Assunção, um dos mais queridos da televisão brasileira, deixa a novela Negócio da China, da Globo, para tentar se livrar do vício em cocaína, outra praga que vem devastando a nossa juventude.
O consumo do crack entre a população mais abastada ainda não transparece nas pesquisas dos órgãos de saúde porque, na tabulação dos dados, ele está quase sempre na mesma classificação da cocaína, da qual é uma versão inferior e mais tóxica. Mas, na avaliação dos médicos que cuidam dos viciados em drogas nos hospitais e clínicas de recuperação, tanto públicas quanto particulares, não há dúvida de que o crack subiu degraus na escala social.
Para quem tem dinheiro no bolso, o crack é ainda mais perigoso. São comuns os casos de viciados que pagam a droga com bens roubados da família ou forçam os pais a pagar suas dívidas com os traficantes alegando que correm risco de vida. Muitas vezes, quando as fontes que financiam a droga secam, o viciado recorre a outras práticas ilícitas. "Eu, que sempre estudei em colégios particulares, de repente me vi assaltando com uma faca na mão para comprar pedras", diz o estudante de marketing L., 21 anos, de Fortaleza, livre do vício há um ano e dois meses. "O mais impressionante é que, ao assaltar, não pensava estar fazendo algo errado. Lutar para conseguir pedras parecia tão natural e correto como procurar comida para saciar a fome", ele completa.
Os jovens que conseguem sair do vício são os que percebem que estão muito doentes e têm de se tratar. "O viciado já dá um passo à frente quando sabe que precisa de ajuda", diz a médica Cláudia de Oliveira Soares, que lida com dependentes químicos há catorze anos. A força de vontade e o apoio familiar são essenciais quando o dependente volta para casa. Diz o dentista C., de São Paulo, livre da droga há três anos: "Durante oito ou nove meses, não passei um minuto sozinho. Percebi que precisava dos outros e ainda preciso. Um dia você decide se livrar do crack, mas permanece dependente a vida toda. O pesadelo do crack não tem fim". Nessa mesma edição de veja você vai ver que, sem condições de atuar, o ator Fábio Assunção, um dos mais queridos da televisão brasileira, deixa a novela Negócio da China, da Globo, para tentar se livrar do vício em cocaína, outra praga que vem devastando a nossa juventude.
Quer ver a matéria completa? Compra a Veja dessa semana ou clique aqui: http://veja.abril.com.br/191108/p_114.shtml
Fonte: Veja on line, por Leandro Narloch.
2 comentários:
Coincidencia, tambem larguei sobre isso lá no BLog..Droga: maldição iminente sempre. Soube de um ex cunhado que ainda está atras das grades. Um cara lindo, jovem, classe média alta, tinha tudo pra se dar bem, se deu mal. A mãe, sempre em prantos, não tem mais vida..ele deu cabo da dele e de muita gente que o amava tambem. Odeio drogas.
Precisamos fazer alguma coisa, essa miséria tá acabando com a nossa sociedade.
Onde vamos parar?
Vai sobrar pros nossos filhos, irmãos, parentes, amigos...
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