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sexta-feira

Hoje,(6) Bob Marley, o rei do reggae completaria 64 anos.


Numa pausa das risadas, Bob Marley ficou subitamente sério. “Eu vou morrer aos 33 anos, idade de Cristo”, disse aos amigos com quem se refrescava sob a sombra de uma árvore, em Nine Miles, interior da Jamaica. Todos se entreolharam assustados, aquilo não era normal. Muito menos vindo de um adolescente, com 14 anos recém-completados. Na Jamaica, soava mais estranho ainda: dificilmente um jamaicano fala em morte. No rastafarianismo, segunda religião mais popular na ilha (atrás do protestantismo), até Deus é vivo.

Marley passou perto: morreu de câncer aos 36 anos de idade.


Marley também teve 11 filhos com oito mulheres diferentes; teve músicas gravadas por artistas do mundo inteiro; teve uma mansão/comunidade em Kingston; teve legiões inacabáveis de seguidores; teve dois discos de platina; foi o primeiro artista do Terceiro Mundo a ser aceito no Hall of Fame do rock; teve dinheiro, fama e sucesso.
Mas foi um detalhe que transformou o legado de Bob Marley em uma fonte inesgotável de admiração: nem depois de tantas conquistas, ele deixou de ser o rude boy (gíria jamaicana para a juventude do gueto) de Trenchtown. O garoto humilde da favela que pregou o retorno espiritual à África, que denunciou a atualidade da discriminação racial e a vida dura no Terceiro Mundo, com a mesma competência com que cantou o amor, o sexo e a integração racial. Parabéns a Bob Marley que, aos 64 anos, continua jovem e atual.

Estando vivo Marley hoje copmpletaria 64 anos.


Fonte:Msn


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